O nome da Williams para 2022

Após anos de muita espera, ilusões e decepções parece que finalmente a Mercedes irá encerrar a parceria com Valtteri Bottas. A galera exagera um pouco com o finlandês, é verdade. Bottas não é um piloto ruim, está longe disso, mas é apenas um picolé de chuchu, um piloto sem graça, sem gosto de nada. Quando foi anunciado como substituto de Rosberg em 2017, achei uma escolha corretíssima, apesar de ter ficado um pouco decepcionado. Todo mundo sabia que Bottas, apesar de ser um excelente piloto, não faria frente à Hamilton, e que o temperamento tranquilo do finlandês foi a principal razão para sua contratação. Wolff, Lauda e cia claramente não queriam repetir o clima explosivo nos bastidores da Mercedes durante a era Hamilton/Rosberg. Bottas era um piloto que trazia resultado, era jovem, já tinha uma certa experiência e fácil de lidar, diferente de Pascal Wehrlein e Fernando Alonso, os outros dois nomes que também eram cogitados para a vaga. 

A Williams precisa de um piloto no mínimo com experiência, ou que traga resultados, então teria que ficar entre Hülkenberg e Bottas. Latifi, apesar de não cometer muitos erros e ser um cara super gente-fina, não será o piloto que irá trazer pontos para a equipe. De Vries, ou algum nome da academia da Alpine não traria isso, seria um tiro no escuro. Hülkenberg e Bottas trariam. Outros nomes, como o de Daniil Kvyat também são cogitados, mas não, por favor, não.

Em outras ocasiões em que Bottas também estava ameaçado, como 2019 e 2020, Wolff já havia dito que não deixaria seu discípulo desamparado. Logo, a não ser que o próprio Bottas não queira seguir na F1, ou escolha ir para alguma outra equipe, como a Alfa Romeo (embora ache bem improvável), o finlandês sem dúvidas é o favorito para essa vaga. Mercedes e a Williams tem uma profunda parceria, e Wolff poderia oferecer algum desconto no fornecimento de motor, ou alguma parceria tecnológica, em troca de uma vaga para Bottas em Grove, como aconteceu na ida de Räikkönen para a Alfa Romeo em 2018. A Ferrari ofereceu um de seus principais engenheiros, Simone Resta, e o aprofundamento de algumas parcerias para manter Kimi na F1, além de ajudar com o salário do campeão de 2007. Curiosamente, algo parecido foi feito na Mercedes para trazer Bottas em 2016. A Mercedes ofereceu seu diretor-técnico, Paddy Lowe, além de um desconto no fornecimento dos motores Mercedes, em troca da Williams liberar Valtteri. 

Hülkenberg também tem chance, mas está em desvantagem. Diferente de Bottas, que pode contar com uma ajudinha da Mercedes para ficar com a vaga, o Incrível Hulk não tem nada a oferecer além de sua experiência. Não tem patrocínio, não pode oferecer nenhuma parceria tecnológica e tem um salário alto que teria de ser bancado totalmente por Grove. Entre Hülkenberg e Bottas, sempre preferi Hulk, mas a volta do alemão para a equipe que lhe trouxe ao mundo da F1 dependeria do que Wolff irá oferecer para a Williams aceitar Bottas. 




Um nome que a mídia trata como o mais próximo da vaga é o de Nyck de Vries, campeão da Fórmula 2 em 2019 e atual campeão da Formula E pela Mercedes. Assim como Bottas, a Mercedes pode oferecer algo em troca para ter seu atual escudeiro na categoria elétrica na F1, mas não é um nome que eu gostaria de ver. De Vries é um ótimo piloto e merecia uma vaga na Fórmula 1, mas o tempo dele já passou. A temporada de 2019 da F2 não foi lá aquela temporada com grandes nomes como 2020, 2018 e 2017 e De Vries não foi lá aquele piloto que impressionou à todos, como Leclerc e Russell. Além disso, está bem adaptado a Formula E, será que compensa sair de algo que você está no topo para ir brigar no pelotão intermediário da F1? Não sei. Vale lembrar que a Mercedes já anunciou que deixará a Formula E no final da temporada.

A hipótese de trazer alguém da Academia da Alpine seria interessante, apesar de improvável e tão arriscado quanto trazer De Vries. Tem muito piloto bom no programa da esquadra francesa, e todos parecem condenados a Formula E ou alguma outra categoria do automobilismo que não a F1. A Alpine deve permanecer com Alonso e Ocon nos próximos anos, a Renault não fornece motores para nenhuma outra equipe e os planos de vermos novas equipes na F1 encalharam de vez. Ghuan Yu Zhou, Oscar Piastri, Christian Lundgaard, Caio Collet e todos os outros talentos dificilmente chegarão a F1 em um futuro próximo. Uma pena.

O mesmo pode ser dito para Jack Aitken, atual piloto reserva da escuderia. Gosto demais dele e sempre torci para vê-lo na F1, mas não aproveitou as principais chances que teve no passado. Em 2018 levou um cacete de Russell na Fórmula 2 e sua estreia no GP de Sakhir do ano passado foi um pouco conturbada, causando alguns acidentes. Ainda vejo muito talento nele, mas há outros nomes na sua frente.

Outra ideia seria ressuscitar Albon. Como eu já disse anteriormente, o tailandês merece uma nova oportunidade. Gasly fez uma meia-temporada patética na Red Bull em 2019, teve uma segunda chance na Toro Rosso e hoje é um dos melhores pilotos do grid. Kvyat teve cinco chances mesmo sem nunca mostrar nada. Quem fala que Alex não tem talento, definitivamente não tem ideia do que está falando. O moleque foi colocado na segunda maior equipe do grid apenas seis meses após pegar em um carro de F1 pela primeira vez, isso acabou fodendo com o desenvolvimento que ele vinha desenvolvendo. Merece uma nova oportunidade em uma equipe menor.



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